sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Infinity Blade


O iPod Touch tornou-se recentemente na minha única janela para o mundo dos jogos (excluindo walkthroughs no youtube). Apesar de ter experimentado vários títulos razoáveis que nunca terminei (Ace Attorney, Puzzle Agent, One Dot Enemies [que não tem fim!], Spider, Rage HD), nunca senti que a plataforma pudesse competir com máquinas como a DS ou a PSP: a ausência de botões, pessoalmente, origina uma insuficiência no controlo tão desproporcionada que jogar Mirror’s Edge ou um qualquer simulador de corridas não é muito diferente de assistir a um vídeo no youtube. Deve ser isto que a imprensa apelida de jogos casuais.

Esta perceção mudou radicalmente ontem à noite com a meia-hora que passei com Infinity Blade.

Apresentando uma tecnologia gráfica deveras impressionante, IB reintroduz um conceito de navegação que sempre me pareceu muito satisfatório: o utilizador toca num objeto ou local, e o avatar caminha até à seleção numa sequência de planos harmoniosos que pavoneiam o poderoso motor Unreal. Dado que a inexistência de botões não permite uma navegação 3D livre, este sistema não só me parece pertinente como liberta o jogo do conceito convencional de jogabilidade absoluta.

Já estou a ver muita gente a acusar a produção de confinar o jogador, de não ser mais do que uma demonstração tecnológica, mas ao contrário da galeria de tiros em montanha-russa de Rage, IB contempla pausas e momentos de escolha, e parece querer contar qualquer coisa.

Joguei muito pouco, e ainda não tive tempo para explorar as mecânicas de combate e as características de role-playing, mas, para já, foi o único jogo neste sistema que me fez sentir alguma excitação.